Subject:
|
Re: Estudo sobre sistema modular de mesas - cidade LEGO
|
Newsgroups:
|
lugnet.loc.pt
|
Date:
|
Tue, 8 Feb 2005 23:12:48 GMT
|
Viewed:
|
7086 times
|
| |
| |
In lugnet.loc.pt, Paulo Castanho wrote:
|
|
Como chegar a um padrão aceitável?
Para começar, e porque todas as mesas têm 3 dimensões, vamos à mais simples:
a altura. Desde o solo até à face superior do tampo, as mesas devem ter uma
altura não demasiado grande, para permitir que crianças mais pequenas possam
espreitar a cidade com algum conforto. Na minha opinião, um valor entre os
70 e 80 cm é adequado (mas sou suspeito: não gosto de me baixar para
intervir na maqueta, e quanto mais baixa for a mesa maior será o meu
esforço...) Em todo o caso, está lançada a sugestão.
|
Falo pela experiencia que tenho com os meus filhos 70 cm acho o ideal para
eles verem pois está um pouco abaixo dos olhos e eles tem a sensação de que é
algo ao nivel deles. Outra vantagem é que com 70 cm é a altura ideal de
trabalho quando se está sentado (é o caso da minha bancada de trabalho).
|
Quanto a esta dimensão, se funciona para miúdos funciona para mim. Estava era
com algum receio de os 70cm serem ainda assim demasiado altos, mas se não são,
tanto melhor! Ainda procurei investigar o que outros clubes usam, mas a maioria
deles destina-se a exposições mais adultas - e mesmo assim usam entre 26 e
3, o que em centímetros dá 75 a 90. O valor 70 parece-me portanto uma boa base
de estudo/teste.
|
|
Nem que se atire moeda ao ar, este ponto é
fácil. Agora, quanto às dimensões do tampo. Como é evidente, as dimensões
serão ditadas pelas dimensões das baseplates disponíveis (16, 32 e 48 studs,
tendo cada stud 8 mm). Ora, admitindo como elemento mais comum uma mesa
quadrangular com 96x96 studs, ela terá 768 mm de lado; como esta medida é
facilmente ultrapassável, propõe-se em simultâneo uma mesa rectangular, com
192x96 studs.
|
É evidente que os tampos tem de ter dimensões multiplas das baseplanes.
|
Para *nós*, é... mas pode haver discordâncias e eu gostaria de conhecê-las.
|
|
O porquê da primeira medida, é simples: permite uma sequência
de edifício, rua, edifício, reservando 32 studs para cada um, ou variações
desta sequência, ou ainda 4 placas cinza de 48x48 (uma área industrial, por
exemplo).
|
Mas normalmente o optimo é inimigo do bom, enquanto a dimensão de 96 studs de
largura, não levanta um problema de transporte mas quando associada à outra
dimensão já poderá haver um problema de caberem na bagageira de um carro, se
a outra dimensão for exemplo 144 studs já se tornará dificil, com 192 studs
será quase impossivel.
|
Bem lembrado; é que fazer caber um tampo de metro e meio num carro não é tarefa
simples!
|
Apesar de serem muitos quadrados penso que a dimensão mais aceitavel seria
de 96 x 96 studs.
|
Provavelmente tens razão. No limite, a única diferença entre uma mesa 96x192 e
duas 96x96 é que há mais pontos de união na maqueta, logo, há um pouco mais de
trabalho na montagem. Por outro lado ganha-se em flexibilidade.
|
Penso que a dimensão padronizada terá de ser a largura, por uma facilidade de
disposição, quanto á outra dimensão para as mesas especiais terá de ser
como tu o dizes multiplos,mas talvez chegará multiplos de 16 (torno a frizar
que de layouts de cidades não tenho nenhuma experiencia e se calhar a
dimensão de 16 studs é pequena).
|
Para uma mesa isolada, é (dá apenas para passar uma linha de combóio, e é muito
instável). Considero mais seguro admitir como largura mínima 32 studs - e mesmo
este valor é baixo!
|
|
Note-se, quanto às dimensões, que não foram levadas em conta nem as
dimensões do monorail nem as do combóio. Porquê? Porque as linhas de um e de
outro são suficientemente flexíveis para, uma vez testado o layout com track
designer, ser montadas na hora em espaços deixados deliberadamente vagos
sobre as baseplates. Na minha opinião, o padrão das ruas/edifícios não é
obrigatoriamente fixo (ou seja, não há locais determinados numa mesa onde
uma rua tenha de acabar para se ligar à doutra mesa), é pré-combinado e
preparado antes da exposição. Isto dá uma grande flexibilidade criativa, ao
contrário do que sucedia com o Moonbase project.
|
Neste ponto discordo um pouco contigo pois penso que se o objectivo é
executar uma maqueta cooperativa de grandes dimensões é necessário que haja
uma certa harmonia. Não faz sentido fazer uma grande cidade mas depois as
ruas acabam nas paredes dos edificios, ruas não estam alinhadas umas com as
outras, etc. Neste ponto terá de haver sempre algum padrão.
|
Tenho de me explicar melhor:
O que eu pretendia dizer é que, ao contrário do moonbase project em que todos os
módulos têm pontos fixos de amarração ao módulo seguinte, definidos no padrão
e incluídos no modelo (não há sub-modelos, o módulo é o modelo em si mesmo),
nós podemos ter pontos semi-fixos, combinados antes das exposições. Porquê?
Porque por norma os pontos de amarração são estradas, e nas estradas não estão
construídos edifícios (que usam baseplates próprias). Ora, a ideia é permitir
arranjar em cada módulo as baseplates (9x 32x32, por exemplo) de forma a que
elas encaixem nas do vizinho do lado, seja mais ao centro ou mais à margem (numa
mesa de 96 studs haveria 3 pontos de amarração *possíveis* em cada face da
mesa). Dá mais trabalho que o outro sistema? Dá. Mas como é fácil e rápido
trocar uma baseplate dum prédio com o duma rua, numa mesma mesa, não cria
problemas insolúveis. E é da maneira que as cidades não ficam todas
quadriculadas! :-)
|
|
Agora que já há dimensões, que cuidados ter com as mesas e sua montagem?
A primeira coisa: as baseplates devem estar fixas às mesas, mas de forma
reversível, com qualquer material adequado (power-strips, bostik, etc.).
Motivo: não perder tempo a ajustar as baseplates in loco, assim resume-se
o trabalho às mesas. Em segundo lugar, como interligar as mesas? As
soluções possíveis são várias, desde o velcro (ajustável) a grampos
metálicos, passando por ferrolhos dos mais variados feitios; é largamente
irrelevante qual o sistema que se venha a adoptar, desde que funcione
eficazmente - o critério custo assume particular importância, bem como a
facilidade de montagem (isto é para mesas faça-você-mesmo!). Terceiro: o
material. Deve ser leve, mas ter resistência; sugere-se algum material como
contraplacado ou laminado para os tampos, talvez reforçado com ripas de
madeira na face inferior. Finalmente, as pernas das mesas, que têm uma árdua
tarefa: além de se situarem nos cantos e ter de ser desmontáveis ou pelo
menos rebatíveis, é nelas que tendencialmente se situarão os mecanismos de
fixação às mesas contíguas (há uma alternativa: criar um rebordo do tampo, e
fixar os grampos aí). Estes mecanismos têm de ter a sua posição devidamente
tabelada! A título de desafio: a solução perfeita para a fização e
estabilidade das mesas é a que permita a 9 mesas unidas ser levantadas
pegando apenas em duas delas (em lados opostos). Claro que não é fácil - mas
é possível.
|
Dependente da dimensão do tampo será necessário o reforço inferior ou não, a
ideia de aglomerado de 16 mm (uma das espessuras padrão para os aglomerados)
parece-me uma boa ideia pois é resistente á flexão (mesmo para tampos de
grandes dimensões como por exemplo 80x150 cm) e com cargas grandes de lego.
|
Agora há que analisar:
- custo do material;
- forma de apresentação (principalmente, dimensões das folhas: para quantas
mesas dá uma folha? As sobras podem ser reutilizadas?) - disponibilidade.
Só por curiosidade, a espessura inferior qual é? Funcionaria bem com mesas de
96x96 studs?
|
Em relação aos pés para estes tampos as possibilidades são algumas. A
utilização de pés metálicos que se aparafusam e desaparafusam no local da
montagem, cavaletes (que ocupam mais espaço aquando do transporte) ou pés
fixos ao tampo mas retracteis para o transporte, não sendo esta a melhor
opção para o faça você mesmo.
|
Os pés retractéis são muito bonitos de imaginar, mas cada vez mais fico
assustado com a ideia de os construir... devem acabar por ser frágeis! Os
cavaletes, lá está, ocupam espaço - só se conseguíssemos desenvolver cavaletes
desmontáveis de forma simples. Quanto a pés metálicos, não são pesados demais
(para transportar)? Admito que dão muito jeito na hora de unir as mesas (usam-se
parafusos e porcas), mas aparte isso...
Ao pensar agora nas pernas das mesas, ocorreu-me uma ideia: porque não
emoldurar os tampos numa armação metálica com furos em lugares estratégicos,
de forma a poder unir os tampos solidamente?
|
|
Evitar o contacto do público com as peças - as exposições!
Isto é possível com barreiras. Curiosamente, estas não precisam de ser muito
altas - 60cm chegam! Têm no entanto de se situar a pelo menos 80 cm das
mesas (sugere-se mais), ser absolutamente inflexíveis (fitas, não!),
resistir a apoios (os miúdos pequenos vão apoiar-se na barreira), e... o
perímetro total de barreiras tem de ser conhecido bem antes do evento!
Quanto a estas barreiras, gostei do exemplo que vi em Zwolle, sugiro
consulta às fotos. Claro, não é demais referir que há sempre duas (ou mais)
pessoas em cada layout de cidade, sendo que uma deve estar de pé no espaço
entre maqueta e barreira e a outra atrás do layout a observar o público
(duas pessoas que aparentem manter uma conversa são menos intimidatórias,
como se viu em Caminha, e até descansam as pernas).
|
Em relação ás barreiras de segurança, tudo vai depender do espaço da
exposição e o tipo de visitantes esperados, pois o espaço pode não admitir
barreiras rigidas a 80 cm de distancia, alem de que as barreiras rigidas
podem ter uma dimensão tal que impeça a visibilidade dos mais pequenos.
|
Bem, pessoalmente basta-me que não sejam fitas de plástico que estiquem, e que
não dê para passar por baixo. Não tenho preferência quanto ao modelo a adoptar,
limitei-me a descrever um sistema que vi a funcionar eficazmente. Quanto aos
80cm, aí acho que devemos procurar alguma inflexibilidade.
|
Isto são só opiniões, de um leigo na matéria de cidades.
|
É o que se pretende, Paulo: obter opiniões. Para já ainda estou a formular uma
proposta bem definida de sistema, que um dia pretendo apresentar na PLUG, e que
gostaria de ter bem fundamentada em todos os seus pontos. Tocaste aqui nalguns
assuntos que não me tinham ocorrido de forma tão abrangente, de que destaco a
questão do transporte: uma mesa tem de ser levada pelo seu dono, logo, tem de
caber no carro; e não pode ser demasiado pesada.
|
De qq forma mais uma vez parabens pela iniciativa.
|
Obrigado! Mas isto é um trabalho para o longo-prazo, ainda iremos discutir o
assunto mais vezes antes de haver algum resultado palpável.
Pedro
|
|
Message has 1 Reply: | | Re: Estudo sobre sistema modular de mesas - cidade LEGO
|
| Boas No geral estou de acordo com ambos... definirmos com tempo para quando tivermos estrutura e dinheiro suficiente para o investimento. Mas parece q tenho comprar um carro maior, pq 96*96 é um pouco grande para o super5 :) Lembre-se tb dos (...) (20 years ago, 10-Feb-05, to lugnet.loc.pt, FTX)
|
Message is in Reply To:
| | Re: Estudo sobre sistema modular de mesas - cidade LEGO
|
| Viva Pedro Parabens pela ideia de tema de discussão. Apesar de não ser a pessoa mais indicada, pois a minha experiência com cidade é nula. (...) Concordo que deverá haver um padrão para o tipo de "mesas" utilizada em exposições, apesar de tal (...) (20 years ago, 8-Feb-05, to lugnet.loc.pt, FTX)
|
6 Messages in This Thread:
- Entire Thread on One Page:
- Nested:
All | Brief | Compact | Dots
Linear:
All | Brief | Compact
This Message and its Replies on One Page:
- Nested:
All | Brief | Compact | Dots
Linear:
All | Brief | Compact
|
|
|
|