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 Local / Portugal / 1545
1544  |  1546
Subject: 
"Loiras, altas, escandinavas e essspadaúdas!"
Newsgroups: 
lugnet.loc.pt
Date: 
Thu, 29 Jul 2004 00:37:22 GMT
Viewed: 
6759 times
  
Olá!

Mais um PLUGfest teve lugar este fim de semana, como foi amplamente anunciado aliás. O mais concorrido de sempre!

(palmas)

Teve lugar no concelho de Caminha (em vários lugares! somos uns saltimbancos autênticos...), e mais uma vez incluiu numerosas actividades não exclusivamente LEGO. Mas vamos por partes: passo então ao MEU relato, já que por força das circunstâncias todos temos mais ou menos peripécias a contar que ainda não foram tornadas públicas!

(murmúrio de aprovação)

Sexta-feira:

O meu dia começou preguiçoso, como qualquer dia de verão, mas em breve se tornou uma confusão pegada, com as caixas a ser enfiadas à bruta no meu el gordo mobile pequeno. Ora, todos os que já participaram numa grande operação logística como é um PLUGfest sabem a complexidade que esta tarefa possui, mas para benefício ilustrativo dos menos dados a estas andanças, posso adiantar que nada menos que 7 (sete) caixotes e ainda diverso equipamento (incluindo escova de dentes com sabor a escova) andaram o dia inteiro a saltitar na chocolateira.
Enfim, nada disto representaria demasiada pressão, não fosse dar-se o caso de eu ter sido mais uma vítima da moda da gelatina.
Sim. Leram bem. Da moda da gelatina. Quem de vós não sabe que anda por aí uma moda de gelatina, é merecedor de todos os epítetos reservados pelo Almada Negreiros para classificar o Dantas. Sendo eu um inveterado seguidor de modas, não pude deixar de me levantar às 3:30 da manhã para fazer uma gelly-lenta. De morango, se têm mesmo de saber.
Mas, dizia eu, a tarefa logística foi cumprida sem demasiados percalços. Vai de me fazer à estrada em direcção a Viana, onde duas amigas se juntaram ao cortejo. O cortejo foi à praia.
Eu já tinha mencionado que fui à praia? :-)
É verdade. Enquanto os meus diletíssimos amigos trabalhavam no duro para sustentar o seu vício plástico, eu ‘tava a bronzear a minha elegância na companhia de 3 (três) simpaticíssimas beldades lusitanas, mais um outro AFOL que por acaso até é o webmaster do site do PLUG. A praia de Moledo esteve muito boa nesse dia (desculpa lá Baixinho)... e a gelatina também não ‘tava nada má. O “Happy Pirulo” é que me embaraçou um bocado nas fotos :-/
Mas sem mais delongas passo à minha chegada ao ponto de encontro, a já famosa sede da nossa associação, sita na Av. 8 de Julho em Vila Praia de Âncora. O acolhimento foi feito pela Leila, que arrastou a sua mamã à porta, esbracejando furiosamente, pontapeando com vigor as costelas da Tânia. Coacção claríssima, digo eu.
Após breve paragem de cariz meramente técnico, ala para o Paraíso, ponto de encontro para mais uma noite de gastronomia PLUGal. À chegada, 4 (quatro) Reis saíram dum carro futurista com gente no motor e tudo, tomando lugar conosco na mesa especialmente preparada para a ocasião. Timing perfeito. Convém referir que este jantar teve a particularidade de ser tarde como o caraças - mas nós no PLUG temos formas de manter restaurantes abertos. Ah pois temos!
Começa-se a pedir, e eis que chega mais um par de Castanhos, munidos de um cansaço fenomenal, e que foram comer a GAIA (com tanto sítio bom para se comer, pararam logo em GAIA... toscos!). Destaque para o Gui, também adepto da praia em dia de PLUGfest, se bem que ele tivesse mais amiguinhas na praia dele que eu tinha na minha... :-)
O Jorge (acho eu) atira logo com um minibus ROXO para a mesa. As crianças ainda não ligam à cor... e toca de ir montando o bicho. O Harry Potter só me dá desgostos.
O Luís foi o último a chegar, vítima de um fuso horário muito particular que se faz sentir naquela zona. Mas chegou, fresco como uma alface.
Comemos.
Eu comi lombinhos de perú, e recomendo. Para memória futura, isto é.
Já na Baixinho manor, esperámos pela trupe lisboeta. Aqueles pobres coitados foram enfiar-se na Segunda Circular, e iam a passar aquele anúncio gigantesco a loiça de casa de banho quando me ligaram a avisar que chegavam “tarde”. Uma vergonha. Deviam ter vindo pela A8 e mudado em Leiria... mas não fui eu que dei esta dica de trânsito. Afinal, ninguém lê estes relatos mesmo... ;-)
Lá para a uma e trinta da madrugada, já sábado portanto, eis que chegam, estourados claro está, largando um Nuno na sala dos Baixinhos e seguindo com os Reis para Caminha, onde se situava a sua sede de operações. Sónia pôde enfim confirmar que o seu rapazola de barbas afinal não inventava quando dizia que havia mais loucos com o mesmo hobby. Ah pois é.
Destaque para as Construções Baixinhos, empreiteiros de grande renome reponsáveis por Casas Minhotas™ e Torres de Belém™
Dormiu-se, enfim. Posso afiançar que dormi com uma gata ao lado!


Sábado:

Começou com um prego. O que não seria digno de nota, não fosse dar-se o caso do prego estar no pneu do Paulo. Mas deu para jogar básquete na hora de remendar o pneu, portanto nem tudo se perdeu!
O Sábado é dia de turismo, em Caminha, mas isso já eu estava à espera. A feira medieval é que me trocou as voltas - tornando uma localidade já se si estreita num emaranhado de becos cortados ao trânsito. Chegar ao Museu Municipal nestas condições representou uma grande dificuldade, tanto mais que eu ainda não tinha tomado uma coca-cola. Notou-se, aliás, na hora de estacionar.
Uma feira medieval, é bom. Atenção extra à barraquinha da cerveja e aos olhinhos azuis a manejar a torneira. Mas divago...
Um breve passeiozinho pelo centro da terra antes do almoço, buscando lugar para o come-come. Ainda tempo para passar em casa do Jorge, onde (surpresa!) havia uam carrada de caixas com 50% de desconto. Lá fiz o sacrifício e comprei uma, mas houve quem se perdesse no meio dos números e tivesse de ser chamado à razão pela sua cara-metade. Caras-metade essas que foram em excursão eminentemente feminina (direi mais: militantemente feminista) à praia, resguardando-se da folia que se enquista entre os AFOLs...
Acho que deveria aqui fazer um breve parêntesis.
(ei-lo)
A sério, foi uma ideia genial. No inverno seria absolutamente impraticável esta estratégia de atrair as senhoras a lugares ermos alegando “ir montar LEGOs”, sem oferecer a contrapartida evidente de umas férias na praia. Quem diz praia, diz outra coisa qualquer: o importante é a actividade paralela para os não AFOLs, que não podem ser sujeitos à seca de cada vez que há PLUGfest. 20 valores para quem pensou nisto. Agora é só manter a ideia no futuro e acrescentar mais actividades à lista.
Antes da reunião, o Henrique Regalo ainda apareceu, desculpando-se pela impossibilidade em estar presente (as suas obrigações em época de fogos não perdoam).
E comeu-se. Eu comi uma pizza funghi, também estava boa.
Bem, mas vamos ao que interessa para ti, leitor:
Em reunião, foi lido o texto proposto de estatutos, e procedeu-se às emendas necessárias. Os estatutos serão em breve submetidos à apreciação (falta passar a limpo, indagar da sua conformidade legal, e mais nada), procedendo-se à sua aprovação na primeira assembleia geral, que terá de ser registada em acta (tornando-se assim efectiva a existência do PLUG).
Eu escrevi “do PLUG”? Queria dizer “da PLUG”. A nossa associaão teve de mudar de sexo, já que é UMA associação. O argumento de que é UM grupo não colhe, já que isso não consta da designação portuguesa adoptada. Quem insistir nesta troca de artigo incore num castigo grave, aliás também reservado para outras situações; adiante se explicará mais!
Chegou mais ou menos nesta latura uma mensagem SMS do Daniel Carvalho, a desejar um bom PLUGfest. É bonito, ter sócios que não se esquecem!
Procedeu-se à votação das quotas. Ficou decidido que serão de 30 euros anuais para sócios adultos, de um valor muito inferior para crianças, e ainda que haverá descontos de família previstos em regulamento interno.
Quanto ao logotipo, a proposta geradora de mais consenso foi a do “combinado”; o logotipo do Baixinho (mais identificável como português) vai para as costas da camisola, e o do Sérgio (que permite grandes variações personalizáveis) para a lapela, seja em versão tijolo ou em versão estampada.
Durante toda esta discussão, pode verificar-se que os membros júniores não ligam nem um pouco a estas matérias que nós consideramos cruciais (que falta de perspectiva política a deles!). Claro que o Gui se ia lentamente aproximando do seu novo recorde de caixas LEGO montadas num dia, que atingiu as 8, contando com uma casa Paradisa em 2ª mão aqui do je. Aviões iam sendo montados (descobri que um dos meus tem uma asa fatalmente amarelecida, mas o Nuno fez sucesso com o seu El-Al).
Há que admitir que esta tarde foi estafante para todos nós, mas era necessário, e a associação deu um grande salto em frente (note-se a referência a Mao Zedong).
Ora, depois da estafa, o descanso dos heróis. Vai de ir ao ribeiro tomar uma banhoca das grandes. Os corajosos foram quatro, os outros ficaram todos a dizer que a natureza é bonita e blablablá, mas não molharam nem o pezinho para amostra... depois andem dizer-me que no Norte a água é fria. Não se molham, como é que podem saber???
Seguiu-se para a janta, mais uma vez no Paraíso. Comi panados (não recomendo); O Nuno Lino cometeu um crime, pedindo uma francesinha, “mas traga SEM MOLHO se faz favor”. É Alentejano, coitadinho.
À noite, em casa dos Baixinhos, discuti arquitectura e outros temas da maior importância com Paulo Castanho, rapaz certinho que consegue ser multado nas mais inverosímeis situações. Lá para as 4h demos por terminada a tertúlia. O Nuno ainda não tinha percebido que a luz da sala se podia apagar (repito, é alentejano), e estava desde as 2h à espera que eu tratasse do assunto. Só para lhe fazer pirraça, ainda me pus a ler um livro antes de apagar a luz, complicando-lhe a digestão da francesinha SEM MOLHO (também conhecida por “mixuruquice com queijo”).


DOMINGO:

O Domingo amanheceu stressado: logo a acordar (o que sucedeu de forma algo VIOLENTA, hem, Luís?) fomos informados que o Senhor Vítor Pereira nos havia intimado a estar na praça principal de Caminha às 9:30.
Corre corre lava lava veste veste conduz conduz estaciona... avança em passo largo para a esplanada da praça, onde dois autênticos DILETANTES bon-vivants se entregavam ao prazer de ver as gentes domingueiras passar. Mas faltava o causador de todo este rebuliço... Vítor Pereira NÃO estava presente.
Mistério. Dúvida. Inquietação. TELEFONEMA.
“Ai já estão todos à minha espera? Então é melhor sair de casa...“
Raiva. Ultraje. Ignomínia!!!
Mas ele não perdeu pela demora...
Lá chegou calmamente com a sua Teresa também grávida (é uma conspiração de AFOLs para povoar o mundo com KABOBs), em pose relaxada, e ainda alegou o seu espanto pelo nosso evidente destempero, alegando que eu “já sabia que ele se atrasava de manhã”.
Aiiiiiiii... passei-me!!!! O plano de vingança já começava a tomar forma no interior da minha mente tortuosa, mas aí ficou definido em termos inquisitoriais. No bom espírito da feira medieval, claro.
E como já era tarde, fomos comer. Comi mais uma vez uma pizza funghi, não me apeteceu inovar, afinal de contas já a anterior estava boa.
No regresso ao museu, tempo para a exposição parcial de colecções. Ainda tive de ouvir o Nuno chagar-me o juízo porque sou um “porco capitalista monopolizador de 4555s” e outras baboseiras semelhantes, como “inveterado imperialista portuário detentor de 6540, 6541, 6542 e 6543”. Bah! Logo ele, que tem um 6597!!!
:-)
O castigo do Vítor tornou-se então realidade. O Túnel. E muita sorte de não ter sido um Garrafão ou ainda um outro com um nome estranho. ESSES seriam violentos. O túnel até foi carinhoso e aceite com fair play. Diz o rapaz que se fartou de levar calduços no fim de semana todo, isto é, eu.
Tempo ainda para ver o espaço que nos está destinado para exposição de Agosto, e trocar umas palavras com a responsável do museu. A disposição das mesas foi ainda analisada, sendo as minhas propostas verificadamente impraticáveis. Optou-se por uma disposição em “ilhas”, segundo proposta do Sérgio. E terei ainda de ir a Braga tratar de cenários para os dioramas com o Jorge, o que farei dentro de algumas horas.
A tarde de Domingo foi portanto passada em discussões e acertos de pormenor em relação a toda a logística que a exposição irá envolver. O problema dos seguros foi abordado, a questão do donativo ao PLUG foi tocada, e no geral existe entendimento sobre como se procederá a toda a operação.
Ficou decidido que a Comissão Instaladora será composta por 3 membros, a saber, Luís e Tânia Baixinho e Jorge Reis (a sua proximidade geográfica facilita as papeladas).
E pronto, começou o “wrap-up”. A parte triste de todos os eventos em que começam os “adeus até breve”. Mas como desta vez é mesmo até breve (Agosto), e a localização agradou aos participantes mais meridionais (que encontraram a Norte do Douro um lugar onde a praia não gela), antecipa-se ainda maior participação familiar. O que é bonito. Em breve os PLUGfests chegarão às 20 pessoas com facilidade!
Na noite de Domingo despedi-me dos Reis, dos Pereiras, e dos Castanhos. Ficámos menos para o jantar, que foi na cervejaria das torneiras nas mesas. Comi bife, ‘tava bom, mas a pizza não era famosa.
Mais tarde, já em casa, caí exausto na cama insuflável (das confortáveis).


Segunda-feira:

Não sei o que se passou depois: mas quando acordei, era o último hóspede, e resolvi deixar metade das minhas traquitanas ao cuidado dos Baixinhos. Ainda falámos um ahorita na cozinha, mas lá paar o fim eu tinha mesmo de rumar a casa para almoçar com a minha mãe, e ainda me pôr na praia. Vida de Pedro é dura.

Agradecimentos a todos os PLUGgies por este PLUGfest fantástico. Adorei. Somos uma “Grande Família”, passe a publicidade a um programa da Globo... ;-)


Pedro

PS - perdoem por favor a qualidade anormalmente baixa deste relato. Estou a trabalhar à pressão, e não consegui buscar mais referências com potencial humorístico. Em Agosto compenso, prometo!
PS2 - (não vou dizer que é da Sony, essa já é velha) fotos mais tarde.
PS3 - A referência do título será explicada a pedido, presencialmente, em qualquer PLUGfest futuro. E mais não digo.



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