Subject:
|
"Loiras, altas, escandinavas e essspadaúdas!"
|
Newsgroups:
|
lugnet.loc.pt
|
Date:
|
Thu, 29 Jul 2004 00:37:22 GMT
|
Viewed:
|
6759 times
|
| |
| |
Olá!
Mais um PLUGfest teve lugar este fim de semana, como foi amplamente anunciado
aliás. O mais concorrido de sempre!
(palmas)
Teve lugar no concelho de Caminha (em vários lugares! somos uns saltimbancos
autênticos...), e mais uma vez incluiu numerosas actividades não exclusivamente
LEGO. Mas vamos por partes: passo então ao MEU relato, já que por força das
circunstâncias todos temos mais ou menos peripécias a contar que ainda não foram
tornadas públicas!
(murmúrio de aprovação)
Sexta-feira:
O meu dia começou preguiçoso, como qualquer dia de verão, mas em breve se tornou
uma confusão pegada, com as caixas a ser enfiadas à bruta no meu el gordo
mobile pequeno. Ora, todos os que já participaram numa grande operação
logística como é um PLUGfest sabem a complexidade que esta tarefa possui, mas
para benefício ilustrativo dos menos dados a estas andanças, posso adiantar que
nada menos que 7 (sete) caixotes e ainda diverso equipamento (incluindo escova
de dentes com sabor a escova) andaram o dia inteiro a saltitar na chocolateira.
Enfim, nada disto representaria demasiada pressão, não fosse dar-se o caso de eu
ter sido mais uma vítima da moda da gelatina. Sim. Leram bem. Da moda da
gelatina. Quem de vós não sabe que anda por aí uma moda de gelatina, é merecedor
de todos os epítetos reservados pelo Almada Negreiros para classificar o Dantas.
Sendo eu um inveterado seguidor de modas, não pude deixar de me levantar às 3:30
da manhã para fazer uma gelly-lenta. De morango, se têm mesmo de saber. Mas,
dizia eu, a tarefa logística foi cumprida sem demasiados percalços. Vai de me
fazer à estrada em direcção a Viana, onde duas amigas se juntaram ao cortejo. O
cortejo foi à praia. Eu já tinha mencionado que fui à praia? :-) É verdade.
Enquanto os meus diletíssimos amigos trabalhavam no duro para sustentar o seu
vício plástico, eu tava a bronzear a minha elegância na companhia de 3 (três)
simpaticíssimas beldades lusitanas, mais um outro AFOL que por acaso até é o
webmaster do site do PLUG. A praia de Moledo esteve muito boa nesse dia
(desculpa lá Baixinho)... e a gelatina também não tava nada má. O Happy
Pirulo é que me embaraçou um bocado nas fotos :-/ Mas sem mais delongas passo
à minha chegada ao ponto de encontro, a já famosa sede da nossa associação, sita
na Av. 8 de Julho em Vila Praia de Âncora. O acolhimento foi feito pela Leila,
que arrastou a sua mamã à porta, esbracejando furiosamente, pontapeando com
vigor as costelas da Tânia. Coacção claríssima, digo eu. Após breve paragem de
cariz meramente técnico, ala para o Paraíso, ponto de encontro para mais uma
noite de gastronomia PLUGal. À chegada, 4 (quatro) Reis saíram dum carro
futurista com gente no motor e tudo, tomando lugar conosco na mesa especialmente
preparada para a ocasião. Timing perfeito. Convém referir que este jantar teve a
particularidade de ser tarde como o caraças - mas nós no PLUG temos formas de
manter restaurantes abertos. Ah pois temos! Começa-se a pedir, e eis que chega
mais um par de Castanhos, munidos de um cansaço fenomenal, e que foram comer a
GAIA (com tanto sítio bom para se comer, pararam logo em GAIA... toscos!).
Destaque para o Gui, também adepto da praia em dia de PLUGfest, se bem que ele
tivesse mais amiguinhas na praia dele que eu tinha na minha... :-) O Jorge
(acho eu) atira logo com um minibus ROXO para a mesa. As crianças ainda não
ligam à cor... e toca de ir montando o bicho. O Harry Potter só me dá
desgostos. O Luís foi o último a chegar, vítima de um fuso horário muito
particular que se faz sentir naquela zona. Mas chegou, fresco como uma alface.
Comemos. Eu comi lombinhos de perú, e recomendo. Para memória futura, isto é.
Já na Baixinho manor, esperámos pela trupe lisboeta. Aqueles pobres coitados
foram enfiar-se na Segunda Circular, e iam a passar aquele anúncio gigantesco a
loiça de casa de banho quando me ligaram a avisar que chegavam tarde. Uma
vergonha. Deviam ter vindo pela A8 e mudado em Leiria... mas não fui eu que dei
esta dica de trânsito. Afinal, ninguém lê estes relatos mesmo... ;-) Lá para a
uma e trinta da madrugada, já sábado portanto, eis que chegam, estourados claro
está, largando um Nuno na sala dos Baixinhos e seguindo com os Reis para
Caminha, onde se situava a sua sede de operações. Sónia pôde enfim confirmar que
o seu rapazola de barbas afinal não inventava quando dizia que havia mais loucos
com o mesmo hobby. Ah pois é. Destaque para as Construções Baixinhos,
empreiteiros de grande renome reponsáveis por Casas Minhotas™ e Torres de
Belém™ Dormiu-se, enfim. Posso afiançar que dormi com uma gata ao lado!
Sábado:
Começou com um prego. O que não seria digno de nota, não fosse dar-se o caso do
prego estar no pneu do Paulo. Mas deu para jogar básquete na hora de remendar o
pneu, portanto nem tudo se perdeu! O Sábado é dia de turismo, em Caminha, mas
isso já eu estava à espera. A feira medieval é que me trocou as voltas -
tornando uma localidade já se si estreita num emaranhado de becos cortados ao
trânsito. Chegar ao Museu Municipal nestas condições representou uma grande
dificuldade, tanto mais que eu ainda não tinha tomado uma coca-cola. Notou-se,
aliás, na hora de estacionar. Uma feira medieval, é bom. Atenção extra à
barraquinha da cerveja e aos olhinhos azuis a manejar a torneira. Mas divago...
Um breve passeiozinho pelo centro da terra antes do almoço, buscando lugar para
o come-come. Ainda tempo para passar em casa do Jorge, onde (surpresa!) havia
uam carrada de caixas com 50% de desconto. Lá fiz o sacrifício e comprei uma,
mas houve quem se perdesse no meio dos números e tivesse de ser chamado à razão
pela sua cara-metade. Caras-metade essas que foram em excursão eminentemente
feminina (direi mais: militantemente feminista) à praia, resguardando-se da
folia que se enquista entre os AFOLs... Acho que deveria aqui fazer um breve
parêntesis. (ei-lo) A sério, foi uma ideia genial. No inverno seria
absolutamente impraticável esta estratégia de atrair as senhoras a lugares ermos
alegando ir montar LEGOs, sem oferecer a contrapartida evidente de umas férias
na praia. Quem diz praia, diz outra coisa qualquer: o importante é a actividade
paralela para os não AFOLs, que não podem ser sujeitos à seca de cada vez que há
PLUGfest. 20 valores para quem pensou nisto. Agora é só manter a ideia no futuro
e acrescentar mais actividades à lista. Antes da reunião, o Henrique Regalo
ainda apareceu, desculpando-se pela impossibilidade em estar presente (as suas
obrigações em época de fogos não perdoam). E comeu-se. Eu comi uma pizza
funghi, também estava boa. Bem, mas vamos ao que interessa para ti, leitor: Em
reunião, foi lido o texto proposto de estatutos, e procedeu-se às emendas
necessárias. Os estatutos serão em breve submetidos à apreciação (falta passar a
limpo, indagar da sua conformidade legal, e mais nada), procedendo-se à sua
aprovação na primeira assembleia geral, que terá de ser registada em acta
(tornando-se assim efectiva a existência do PLUG). Eu escrevi do PLUG? Queria
dizer da PLUG. A nossa associaão teve de mudar de sexo, já que é UMA
associação. O argumento de que é UM grupo não colhe, já que isso não consta da
designação portuguesa adoptada. Quem insistir nesta troca de artigo incore num
castigo grave, aliás também reservado para outras situações; adiante se
explicará mais! Chegou mais ou menos nesta latura uma mensagem SMS do Daniel
Carvalho, a desejar um bom PLUGfest. É bonito, ter sócios que não se esquecem!
Procedeu-se à votação das quotas. Ficou decidido que serão de 30 euros anuais
para sócios adultos, de um valor muito inferior para crianças, e ainda que
haverá descontos de família previstos em regulamento interno. Quanto ao
logotipo, a proposta geradora de mais consenso foi a do combinado; o logotipo
do Baixinho (mais identificável como português) vai para as costas da camisola,
e o do Sérgio (que permite grandes variações personalizáveis) para a lapela,
seja em versão tijolo ou em versão estampada. Durante toda esta discussão, pode
verificar-se que os membros júniores não ligam nem um pouco a estas matérias que
nós consideramos cruciais (que falta de perspectiva política a deles!). Claro
que o Gui se ia lentamente aproximando do seu novo recorde de caixas LEGO
montadas num dia, que atingiu as 8, contando com uma casa Paradisa em 2ª mão
aqui do je. Aviões iam sendo montados (descobri que um dos meus tem uma asa
fatalmente amarelecida, mas o Nuno fez sucesso com o seu El-Al). Há que admitir
que esta tarde foi estafante para todos nós, mas era necessário, e a associação
deu um grande salto em frente (note-se a referência a Mao Zedong). Ora, depois
da estafa, o descanso dos heróis. Vai de ir ao ribeiro tomar uma banhoca das
grandes. Os corajosos foram quatro, os outros ficaram todos a dizer que a
natureza é bonita e blablablá, mas não molharam nem o pezinho para amostra...
depois andem dizer-me que no Norte a água é fria. Não se molham, como é que
podem saber??? Seguiu-se para a janta, mais uma vez no Paraíso. Comi panados
(não recomendo); O Nuno Lino cometeu um crime, pedindo uma francesinha, mas
traga SEM MOLHO se faz favor. É Alentejano, coitadinho. À noite, em casa dos
Baixinhos, discuti arquitectura e outros temas da maior importância com Paulo
Castanho, rapaz certinho que consegue ser multado nas mais inverosímeis
situações. Lá para as 4h demos por terminada a tertúlia. O Nuno ainda não tinha
percebido que a luz da sala se podia apagar (repito, é alentejano), e estava
desde as 2h à espera que eu tratasse do assunto. Só para lhe fazer pirraça,
ainda me pus a ler um livro antes de apagar a luz, complicando-lhe a digestão da
francesinha SEM MOLHO (também conhecida por mixuruquice com queijo).
DOMINGO:
O Domingo amanheceu stressado: logo a acordar (o que sucedeu de forma algo
VIOLENTA, hem, Luís?) fomos informados que o Senhor Vítor Pereira nos havia
intimado a estar na praça principal de Caminha às 9:30. Corre corre lava lava
veste veste conduz conduz estaciona... avança em passo largo para a esplanada da
praça, onde dois autênticos DILETANTES bon-vivants se entregavam ao prazer de
ver as gentes domingueiras passar. Mas faltava o causador de todo este
rebuliço... Vítor Pereira NÃO estava presente. Mistério. Dúvida. Inquietação.
TELEFONEMA. Ai já estão todos à minha espera? Então é melhor sair de casa...
Raiva. Ultraje. Ignomínia!!! Mas ele não perdeu pela demora... Lá chegou
calmamente com a sua Teresa também grávida (é uma conspiração de AFOLs para
povoar o mundo com KABOBs), em pose relaxada, e ainda alegou o seu espanto pelo
nosso evidente destempero, alegando que eu já sabia que ele se atrasava de
manhã. Aiiiiiiii... passei-me!!!! O plano de vingança já começava a tomar
forma no interior da minha mente tortuosa, mas aí ficou definido em termos
inquisitoriais. No bom espírito da feira medieval, claro. E como já era tarde,
fomos comer. Comi mais uma vez uma pizza funghi, não me apeteceu inovar, afinal
de contas já a anterior estava boa. No regresso ao museu, tempo para a
exposição parcial de colecções. Ainda tive de ouvir o Nuno chagar-me o juízo
porque sou um porco capitalista monopolizador de 4555s e outras baboseiras
semelhantes, como inveterado imperialista portuário detentor de 6540, 6541,
6542 e 6543. Bah! Logo ele, que tem um 6597!!! :-) O castigo do Vítor
tornou-se então realidade. O Túnel. E muita sorte de não ter sido um Garrafão ou
ainda um outro com um nome estranho. ESSES seriam violentos. O túnel até foi
carinhoso e aceite com fair play. Diz o rapaz que se fartou de levar calduços no
fim de semana todo, isto é, eu. Tempo ainda para ver o espaço que nos está
destinado para exposição de Agosto, e trocar umas palavras com a responsável do
museu. A disposição das mesas foi ainda analisada, sendo as minhas propostas
verificadamente impraticáveis. Optou-se por uma disposição em ilhas, segundo
proposta do Sérgio. E terei ainda de ir a Braga tratar de cenários para os
dioramas com o Jorge, o que farei dentro de algumas horas. A tarde de Domingo
foi portanto passada em discussões e acertos de pormenor em relação a toda a
logística que a exposição irá envolver. O problema dos seguros foi abordado, a
questão do donativo ao PLUG foi tocada, e no geral existe entendimento sobre
como se procederá a toda a operação. Ficou decidido que a Comissão Instaladora
será composta por 3 membros, a saber, Luís e Tânia Baixinho e Jorge Reis (a sua
proximidade geográfica facilita as papeladas). E pronto, começou o wrap-up. A
parte triste de todos os eventos em que começam os adeus até breve. Mas como
desta vez é mesmo até breve (Agosto), e a localização agradou aos participantes
mais meridionais (que encontraram a Norte do Douro um lugar onde a praia não
gela), antecipa-se ainda maior participação familiar. O que é bonito. Em breve
os PLUGfests chegarão às 20 pessoas com facilidade! Na noite de Domingo
despedi-me dos Reis, dos Pereiras, e dos Castanhos. Ficámos menos para o jantar,
que foi na cervejaria das torneiras nas mesas. Comi bife, tava bom, mas a pizza
não era famosa. Mais tarde, já em casa, caí exausto na cama insuflável (das
confortáveis).
Segunda-feira:
Não sei o que se passou depois: mas quando acordei, era o último hóspede, e
resolvi deixar metade das minhas traquitanas ao cuidado dos Baixinhos. Ainda
falámos um ahorita na cozinha, mas lá paar o fim eu tinha mesmo de rumar a casa
para almoçar com a minha mãe, e ainda me pôr na praia. Vida de Pedro é dura.
Agradecimentos a todos os PLUGgies por este PLUGfest fantástico. Adorei. Somos
uma Grande Família, passe a publicidade a um programa da Globo... ;-)
Pedro
PS - perdoem por favor a qualidade anormalmente baixa deste relato. Estou a
trabalhar à pressão, e não consegui buscar mais referências com potencial
humorístico. Em Agosto compenso, prometo! PS2 - (não vou dizer que é da Sony,
essa já é velha) fotos mais tarde. PS3 - A referência do título será explicada
a pedido, presencialmente, em qualquer PLUGfest futuro. E mais não digo.
|
|
1 Message in This Thread:
- Entire Thread on One Page:
- Nested:
All | Brief | Compact | Dots
Linear:
All | Brief | Compact
|
|
|
|