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 Local / Portugal / 1486
1485  |  1487
Subject: 
Jogo? Qual jogo?
Newsgroups: 
lugnet.loc.pt
Date: 
Mon, 14 Jun 2004 00:50:52 GMT
Viewed: 
2770 times
  
Oláaaa!...

(Já tardava o relato de mais uma tarde associativa... as minhas desculpas por esse facto)

Pois então assim se fez mais um PLUGfest, desta vez numa versão mais reduzida e de cariz regional, em jeito de preparação do grandioso encontro nacional estival (quase definitivamente marcado para 24 e 25 de Julho). Aviso desde já que o relato pode propiciar reacções de inveja aos ausentes: aconselha-se cautela na leitura. Não digam que eu não avisei.

Como não podia deixar de ser, o meu dia começou com uma coisa surreal: o nosso amigo Baixinho telefona para o meu telelé, eu vou a atender, e o raio da máquina não responde às teclas... deu logo para ficar de bom humor. Grr. Combinado que foi o encontro com este quasi-galego na estação de Ermesinde (para quem não sabe, Campanhã é perto das Antas, onde se iria passar qualquer coisa, e S. Bento tem uma cratera na praça em frente - opções ferroviárias desadequadas, portanto), lá partiu este vosso amigo e cronista em direcção ao subúrbio. As estradas, desertas; o tempo, ensolarado. Quase como se fosse haver festa.
E havia MESMO...
Em Ermesinde. Suponho que fosse o Santo António ou uma feira qualquer; o que é certo é que me cortaram a estrada uns 5 minutos antes de eu precisar dela. Vi-me grego ao não encontrar nenhuma alternativa transitável nas proximidades... Enfim, uma conspiração contra a minha bem apessoada pessoa, passe a gabarolice. Mas, como vós que sois meus íntimos das aventuras e desventuras ao volante bem sabeis, nada detém El gordo. Daí que vai de fazer umas manobras manhosas nas barbas da PSP (eu não ouvi o apito! Juro!), condução estilo Carlos Sousa nas estradecas ermesindenses (?), e atingir em grande estilo a estação da terreola. Notar: é uma terreola, mas tem uma estação toda futurista. Contrastes.
Adiante: peguei num Baixinho, enchi a mala de caixas destinadas ao nosso africanista expedicionário (olá Daniel! :-), e fugi dali para fora num ai.

Viagem sem história. Foi curta... Destaque para quem não conhece a A3, nas saídas de Braga: ambas são longe como o caraças da cidade. Mas o trânsito até ao edifício da família Reis é simples, por isso foi um tirinho.

Olá olá, beijinho abraço e passou-bem, trocas ansiosamente sôfregas de informações de última hora, e eis que Jorge pergunta “então querem ver a minha colecção?”. Ainda antes de ouvir a resposta (como é evidente, íamos declinar educadamente...) já nos escancarava a porta da sua salinha, qual caverna do Ali Babá... e ali babei, de facto, perante as relíquias de eras passadas que se perfilavam em expositores imaculadamente brancos. Alegava o anfitrião, nessa altura (cerca das 3h?) que “é tudo para desmontar”.
Tá bem, tá...
Então vamos a uma sucinta descrição, em breve ilustrada por imagens:
- Technic, Technic, Technic e mais Technic; carros, carrinhos, carrões, motores, pneumaticos e afins, o paraíso dos engenhocas. Na minha modesta opinião, é sempre útil a qualquer AFOL dispôr de algumas coisas em Technic para pelo menos poder exercer a sua criatividade de uma forma mais “dinâmica”. Claramente, Jorge tem os meios para tal exercício.
- Vários sets menos comuns, desde o USS Coisital até ao fresquíssimo Maersk Ship. Também havia lá os aviões já conhecidos.
- Um Cybermaster e mais umas coisas de RIS (a minha ignorância a este nível só pode ser explicada pela minha aversão a tudo o que é tecnologia digital; estou a escrever de luvas para não tocar nas teclas, portanto já vêem. Psicótico, eu?? ;-)
- A delícia: sets antiquíssimos, desde barcos de segmentos flutuantes a casas, uma escada de bombeiros... aquilo é um mimo!
- Sets de SW em abundância, entre minis e médios.
- Sets promocionais da Chupa Chups. Para quem ainda não tem: acabou. Não há mais. Finito. Kaput. :-(
- as construções da geração Reis mais jovem, em tijolos BASIC. Trouxe-me memórias :-)
Seguramente a colecção não se esgota nesta sala; isto era só o que lá estava exposto ontem.

Bem, depois da baba, a parte social.
Primeiro chegou o Henrique Regalo, arqueólogo “de LEGO” segundo o Baixinho, já que nos trouxe peças absolutamente pré-históricas para nos deliciar. Ele era caixas de sets dos anos 50, peças de acetato de celulose, slopes 1x2 ocas, árvores achatadas... um sem fim de amostras da sua colecção pessoal. Deixou aliás uma peça interessantíssima ao PLUG, naquilo que constitui o primeiro exemplar do nosso espólio colectivo: um catálogo inglês do tempo da Maria Cachucha!
Depois a Margarida Silva e o seu filho Alexandre, que nos brindaram com a nossa primeira oportunidade para exercer “troubleshooting”: uma escavadora Technic encravada (problema resolvido) e dificuldades com a configuração de Mindstorms (não participei nesta tarefa). Prova-se assim que LEGO é uma actividade familiar, o que muito me satisfaz :-)
Dois amigos da família Reis apareceram com os petizes, proporcionando-nos enquanto associativistas uma nova perspectiva sobre a abertura de eventos ao público em geral. A minha conclusão é que há um tremendo interesse dos miúdos, como esperado, mas os pais também gostam, e tornam-se mesmo iguais aos filhos no entusiasmo com que chamam a atenção para mais um ou outro pormenor. Ainda um registo: não havia nenhum combóio a circular, apenas um veículo RC. Considere-se pois demonstrado o maior interesse em abrir as nossas exposições ao público; quanto à forma como essa abertura se processará, foram discutidas algumas opções.
Apareceu ainda o nosso amigo Vítor Pereira, mesmo a tempo do lanche. Ah, o lanche :-)
Permita-se um devaneio hedonista, já que nunca é demais gabar a excelência do aspecto gastronómico em todos os PLUGfests; jusntam-se assim dois dos prazeres da vida, comida e LEGO. A promoção Chupa-chups pode portanto considerar-se um aperitivo, por esta minha lógica. Parabéns à famíla Reis pela hospitalidade!
Entretanto, algures lá na minha muy nobre, invicta e sempre leal cidade do Porto, assistia-se ao desenrolar de um drama. Eu diria mesmo que foi uma tragédia grega. E mais não digo que ainda me dói, ai.
O Henrique foi directo para o seu leito de doente (sossegai, ele está engripado, a culpa não foi da emoção!)

Tempo então para a fase do maior interesse no âmbito do nosso associativismo, em sentido mais estrito. A troca de ideias processou-se intermitentemente na varanda e na sala, numa busca incessante de um lugar fresco. O clima bracarense é lixado, sol sem mar. Brr.
Primeiro assunto: estatutos. Estão já no prelo, sabendo-se que o rascunho será submetido a discussão até ao fim deste mês neste fórum, tendo-se até às vésperas do encontro de Julho para aprovar o texto final, seguindo-se assinatura presencial do texto. O dito texto de estatutos deverá, por interesse geral, ser mantido o mais vago possível nos termos da lei, sendo as normas internas regidas por regulamento. A vantagem é a maior facilidade e flexibilidade: quanto menos texto se tiver de escrever e menos normas houver, mais actividades se podem fazer, sem complicações desnecessárias. Burocracia não, obrigado.
Segundo assunto: encontro de Julho. Como já foi dito mais que uma vez, calha no fim de semana de 24 e 25, que parece ser o mais consensual para a maioria. O lugar tinha já ficado determinado ser na Região centro, o que é um pouco complicado já que não temos contactos regulares lá. Entre Coimbra e Aveiro, o meu coração balança... sobre Aveiro, foi-me sugerida a Universidade, que aluga salas para conferências e eventos, mas já estive a ver preços e não é nenhuma pechincha. A agravar, a necessidade de se procurar alojamentos em época alta do turismo - claro que neste aspecto eu não me importo de dormir numa tenda, mas sou sensível às vontades mais exigentes, como é evidente.

Assim sendo, lanço novamente o apelo: SE ALGUÉM CONSEGUIR ARRANJAR ESPAÇO PARA O PLUG NA REGIÃO CENTRO, avise-nos urgentemente por favor, ou aqui ou pelo e-mail do PLUG, em plugARROBAtugamail.com

Ainda um terceiro assunto, a já antes discutida possibilidade de permitir a crianças ser membros do PLUG. É uma questão de alguma relevância agora, já que o Alexandre nasceu em 1995 e a Margarida se interessou pelo assunto. Provisoriamente, já tinha ficado decidido que o clube é tendencialmente de adultos, mas não inteiramente vedado a crianças; aliás, já não é inédita a presença destas (ver PLUGfest de Abril passado). O que ficou decidido foi a não admissibilidade destas nas questões de gestão do clube, o que aliás é perfeitamente razoável, e a sujeição da sua aceitação ao acompanhamento por adultos responsáveis. Até porque as crianças vão para a cama cedo e as nossas reuniões duram até às tantas, que o digam os vizinhos do Sérgio :-)
Posto isto, as crianças serão mais do que bemvindas às exposições, que aliás é o que mais interesse tem. Concordais? Se todos estiverem de acordo, isto é digno de ser referido nos estatutos.

Por esta altura, e enquanto discutíamos na varanda, o Jorge afastou-se um pouco na direcção da porta-janela para a salinha LEGO, e murmurou pensativo: “se calhar não desmonto já estas coisas todas...“
Agora, votem: acham que o Jorge é um coleccionador empedernido (estilo eu) ou um criador/destruidor compulsivo (estilo Baixinho)? Irá ele desmontar os seus sets para peças, ou reconsiderar e comprar ainda mais, para ter pelo menos um set de cada montado? Não percam os próximos capítulos! :-P

E fez-se tarde. Como é que eu sei? Tive um daqueles tlefonemas da minha mãe galinha a perguntar quando é que chegava para o jantar. É apenas nestas situações que eu preferia gastar o guito num apartamento em vez de andar a comprar LEGO... perdoem o sacrilégio, já sei que tendes todos a vossa autonomia financeira, mas eu sou um reles estudante.

Por falar em sacrilégio. O Jorge tem dois sets de MEGABLargh em casa. Só me ocorre aquela música dos Taxi, “Chamem a polícia, chamem a polícia...” :-)

Enfim, regresso. Quando cheguei a casa, estava todo partido, ai. E como se não bastasse o grande melão com que já estava, ainda comi melão ao jantar. Já diz a Margarida Rebelo Pinto, Não há coincidências...
Diz o meu pai: “Então, viram o jogo?”
E eu: “Jogo? Qual jogo?”

É por isto que eu gosto de LEGO: é melhor que xanax :-)


Pedro



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