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Re: A Veja viajando...
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Newsgroups:
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lugnet.loc.br
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Date:
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Wed, 17 Nov 2004 11:03:42 GMT
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In lugnet.loc.br, Paulo Caparica Junior wrote:
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Leiam a reportagem na revista Veja dessa semana sobre os prejuízos da Lego.
Segundo a Veja o Mindstorms deu prejuízo porque um hacker alemão quebrou o
software da lego e postou na internet!!!!
Bionicycles são robos por contrôle remoto!!!
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O desmonte da Lego
O fabricante do brinquedo mais popular
do século XX agora só acumula prejuízos
José Eduardo Barella
O Lego sempre foi um exemplo de brinquedo educativo e, ao mesmo tempo,
divertido. A fórmula simples, de encaixar peças de plástico de variadas cores e
tamanhos umas nas outras para formar objetos e estruturas, marcou a infância de
gerações de crianças e transformou a marca dinamarquesa num fenômeno de vendas
a partir dos anos 50. Considerado o brinquedo mais popular do século XX, ele
corre o risco de virar, literalmente, peça de museu neste século. A Lego é a
maior fabricante de brinquedos da Europa e a quarta do mundo mas as vendas
globais despencaram 30% nos últimos dois anos, e a previsão de prejuízo para
2004 é de 340 milhões de dólares. Como é possível uma marca de sucesso, entre as
seis mais conhecidas do planeta, chegar a essa situação? Entre os motivos para a
crise, o mais óbvio é a falta de apelo do brinquedo para as crianças nascidas na
era dos jogos eletrônicos. Ou seja, as peças de montar ficaram ultrapassadas
para uma meninada cada vez mais fascinada pelos videogames e plugada na
internet.
Antes, o brinquedo atraía uma faixa etária ampla, a partir dos 6 anos de idade.
Os 100 milhões de possibilidades de combinação das peças contidas em cada kit
estendiam o interesse até a adolescência. Em vários países há concursos de
montagem de grandes estruturas castelos, monumentos, automóveis com as peças
do Lego. Em muitas escolas brasileiras as peças de montar são utilizadas como
uma porta de entrada para o estudo da robótica. Hoje, crianças de apenas 8 anos
já estão trocando a brincadeira de encaixar peças de plástico pelo joystick dos
videogames. A rápida decadência do Lego pegou de surpresa educadores, pedagogos,
psicólogos e pais. Todos eles sempre adoraram o Lego, convencidos de que se
trata do brinquedo certo para estimular a criatividade e a capacidade motora das
crianças. A procura precoce dos filhos por jogos eletrônicos, com seus
movimentos mecânicos e previsíveis, aflige os pais. Para alguns educadores,
trata-se de um falso dilema. A criança só se interessa por brinquedos que
estimulem sua criatividade e cujo funcionamento entenda; do contrário, ela
simplesmente deixa de lado, diz a psicóloga Edda Bontempo, professora da
Universidade de São Paulo.
Se pirralhos de 8 anos estão abandonando o Lego, é porque o brinquedo já não
atende à demanda dessa faixa etária. As crianças de hoje são alfabetizadas e
desenvolvem a coordenação motora mais cedo que as das gerações anteriores, o que
explica a procura por outras atividades mais instigantes, explica a educadora
carioca Tania Zagury. A Lego tentou se antecipar à mudança. Desde 1998, quando a
queda nas vendas fez soar pela primeira vez o alerta, a empresa partiu para a
diversificação. Foram desenvolvidas várias linhas de novos produtos. Uma das
novidades nasceu do licenciamento de marcas conhecidas, como Harry Potter e
Guerra nas Estrelas. Outra foi o robô Mindstorms um kit para montar que
incluía processador eletrônico e software. O robô podia caminhar, jogar bola e
reagir a estímulos externos. Mas teve vida curta: um hacker alemão conseguiu
decifrar o código do software e o divulgou na internet. O prejuízo foi
incalculável. Muita gente comprou o kit básico do Lego para montar o robô, que
sem o programa custava bem mais barato, e baixou o software pirata da rede.
A partir de 2001, a Lego apostou suas fichas na série Bionicle robôs para
montar que lutam entre si, dirigidos por controle remoto. A série envolve um
enredo complexo, com mocinhos e bandidos. O lançamento do Bionicle foi um
divisor de águas na empresa. Com esse produto o fabricante rompeu uma tradição
de bom-mocismo, criando um brinquedo cuja mensagem básica é a violência. A série
já responde por 25% das vendas. É difícil que os mocinhos e bandidos sejam
capazes de evitar o naufrágio do brinquedo mais famoso da marca, as peças de
montar. Para tentar salvar a marca, a Lego anunciou uma profunda reestruturação
na companhia. Kjeld Kirk Kristiansen, neto do fundador, autorizou uma operação
desmonte do conglomerado antes de renunciar à presidência. Os cortes devem
atingir 25% dos 7 000 funcionários espalhados em trinta países. Serão vendidas
algumas das 24 lojas da rede e os parques temáticos da Dinamarca, Alemanha,
Inglaterra e Estados Unidos. Cada um deles foi construído com mais de 30 milhões
de bloquinhos de Lego e tem entre os atrativos montanha-russa e réplicas
idênticas de cidades européias. Se isso não for suficiente para sanar os
problemas de caixa, a empresa deve ser vendida ou pedir concordata.
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| | A Veja viajando...
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| Leiam a reportagem na revista Veja dessa semana sobre os prejuízos da Lego. Segundo a Veja o Mindstorms deu prejuízo porque um hacker alemão quebrou o software da lego e postou na internet!!!! Bionicycles são robos por contrôle remoto!!! (20 years ago, 12-Nov-04, to lugnet.loc.br)
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